Nada mais moderno que as ferramentas tradicionais nos negócios – Pratika Consultoria

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Nada mais moderno que as ferramentas tradicionais nos negócios

Pedro Machado

Pedro Machado

Managing partner

A dinâmica da vida e dos negócios mudaram. O mundo já não é mais tão previsível como era e o comportamento de consumo não é tão linear como gostaríamos

Temos tanta informação disponível que muitas vezes fica quase impossível transformar esse mar de dados em conhecimento aplicável. A volatilidade e a dinâmica da mudança são tão intensas que mercados, empresas e produtos desaparecem e surgem todos os dias em todos os setores.

Na educação, por exemplo, existe a tendência do life long learning, na qual o indivíduo estudará a vida toda em cursos de menor duração em vez de uma formação de especialização em um único momento. Além disso, o EaD já está se sobrepondo ao modelo presencial.

Já quando se fala em mobilidade urbana, vemos novos modais e compartilhados: bicicletas, patinetes, carros autônomos e Uber. No trabalho o coworking, as plataformas, a nuvem, transformando o one shot em on demand – flexível e escalável – mudando modelos de negócio B2B, ampliando horizontes e a concorrência. Enfim, poderíamos escrever um tratado sobre esta volatilidade. Mas ela não veio desacompanhada.

Surge mais um elemento: a incerteza (uncertainty). As informações têm um prazo de validade infinitamente menor. Quase impossível de se olhar para trás para prever o futuro. Hoje temos um nível de dados infinito sobre pessoas. A tecnologia agrega novos elementos e possibilidades quase todo dia.

Diante disso tudo, qual é, enfim, a chave do sucesso para empreender em um cenário tão modificado? Visão, Entendimento (understanding), Clareza e Agilidade. Isso mesmo: VUCA. Mas, como aplicá-lo? Para a construção da visão, nada mais moderno que as tradicionais ferramentas de marketing e gestão de negócios: SWOT, Mapa de Riscos, Matriz BCG.

Certamente, essas ferramentas trarão insights sobre o caminho. A consciência de que sua vaca leiteira deve financiar a longevidade do negócio, onde estão as oportunidades e riscos trarão um pouco de conforto. Sendo assim, é necessário pensar o negócio a partir da jornada do cliente e do seu mapa de empatia.

Construir a proposta de valor do produto ou serviço conectados a estas descobertas, apoiado pelo design thinking para prototipar e testar a oferta, por meio de um modelo de desenvolvimento ágil, que permita a construção de sprints de entrega e adaptação rápida para o cenário mais próximo do ideal.

A jornada é esta. Mutante, complexa, incerta e ambígua. Mas acima de tudo enriquecedora, evolutiva e de crescimento em todos os sentidos.

Artigo publicado no jornal Empresas & Negócios do dia 14.09.2022